segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Como interpretar os rótulos dos alimentos?


Muitas pessoas ainda possuem duvidas quanto a interpretação dos rótulos dos alimentos. No post que falei sobre diet X light  dei algumas dicas, mas hoje resolvi falar mais detalhadamente a respeito.

Em relação à lista de ingredientes, esta deve estar em ordem decrescente, ou seja, o ingrediente que estiver em maior quantidade no produto é aquele que aparece primeiro e assim sucessivamente. A lista tem por objetivo informar ao consumidor quais são os ingredientes que compõem aquele alimento.

No que diz respeito ao valor energético, esta informação indica qual a energia que o alimento fornecerá ao nosso corpo; energia essa proveniente de carboidratos, proteínas e lipídeos.  Na rotulagem nutricional o valor energético é expresso  em forma de quilocalorias (kcal) e quilojoules (kJ). Obs: 1 kcal = 4,2 Kj.

Já os carboidratos são os componentes dos alimentos cuja principal função é fornecer a energia para as células do corpo, principalmente as do cérebro. São encontrados com mais abundância em massas no geral, arroz, açúcar...

As proteínas são necessárias para construção e manutenção  dos nossos órgãos, tecidos e células.  São encontradas nas carnes, ovos, leites e derivados, e nas leguminosas, como por exemplo, feijão e soja.

Em relação às Gorduras Totais, esta são as  principais fontes de energia do corpo e ajudam na absorção das vitaminas  A, D, E e K, conhecidas como vitaminas lipossolúveis. As gorduras totais referem-se à soma de todos os tipos de gorduras encontradas em um alimento, tanto de origem animal quanto  de origem vegetal.

Já as Gorduras Saturadas estão presentes, principalmente, nos alimentos de origem animal, tais como queijos, leites gordos, manteiga e requeijão. Quanto maior o valor da porcentagem do valor diário contido no alimento, maior a quantidade de gordura saturada presente no mesmo.

A Gordura Trans (conhecida também como Ácidos Graxos Trans) está presente na maior parte dos alimentos industrializados, como por exemplo, biscoitos, sorvetes e margarinas. É uma gordura muito prejudicial à saúde e deve ser evitada ao máximo, uma vez que nosso organismo não necessita deste tipo de gordura.  

A Fibra Alimentar está presente em diversos tipos de alimentos de origem vegetal, como frutas, hortaliças e alimentos integrais. A ingestão de fibras auxilia no bom funcionamento do intestino.  Procure consumir alimentos com alto %VD de fibras.

O Sódio está presente no sal de cozinha e alimentos industrializados (salgadinhos, molhos prontos, embutidos etc) devendo ser consumido com moderação uma vez que o seu consumo excessivo pode levar ao aumento da pressão arterial. Evite os alimentos que possuem alto %VD em sódio.

O valor da Porção é a quantidade média do alimento que deve ser usualmente consumida por pessoas sadias a cada vez que o alimento é consumido, promovendo a alimentação saudável.

Já o Conteúdo Líquido indica a quantidade total do alimento contido na embalagem, ou seja, é o valor do alimento desconsiderando o peso da embalagem. O valor deve ser expresso em unidade de massa (quilo) ou volume (litro).

Data de validade: Deve estar legível e deve constar pelo menos o mês e o ano para aqueles produtos que tenham duração mínima superior a três meses. É importante lembrar que nos rótulos de alimentos que exijam condições especiais para sua conservação, deve ser incluída uma legenda indicando as precauções necessárias para manter suas características normais, devendo ser indicadas as temperaturas máxima e mínima para a conservação do alimento (antes e após aberto). O consumidor deve também ter cuidado com alimentos em promoção; geralmente são produtos com validade próxima ao vencimento ou com embalagens em condições impróprias para o consumo.

Medida caseira: indica a medida normalmente utilizada pelo consumidor para medir alimentos. Por exemplo: fatias, unidades, pote, xícaras, copos, colheres de sopa. A apresentação da medida caseira é obrigatória. Esta informação vai ajudar o consumidor a entender melhor as informações nutricionais.

E, por fim, o VD, valor diário é o número em percentual que indica o quanto um alimento possui de energia e nutrientes em relação a uma dieta de 2.000 kcal. Para cada nutriente temos um valor diário diferente, que indica a quantidade do nutriente que a população deve consumir para ter uma alimentação saudável. As bases para a declaração de nutrientes são os valores recomendados para adultos, considerando-se um consumo diário de energia de 2.000 kcal. Dessa forma, por exemplo, duas fatias de pão de forma que possuem 100 kcal, logo proporcionará 5% do VD. Isso quer dizer que em uma dieta de 2000kcal, as duas fatias de pão representam 5% desse valor.
Basta saber que um alto %VD indica que o produto apresenta alto teor de determinado nutriente. Já os produtos com %VD reduzido indicam o contrário.
Para ter uma alimentação mais saudável dê preferência a:
• Produtos com baixo %VD para gorduras saturadas, gorduras trans e sódio;
• Produtos com alto %VD para as fibras alimentares.



Gostaram da dica? Se ficou com dúvidas, deixe-as nos comentários, ou, se preferir, abra uma discussão na pagina do facebook AQUI

Até a próxima!!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Avaliação dos pães integrais - Proteste

Olá!
 
Essa semana saiu uma nota na Folha de São Paulo sobre uma avaliação que o Proteste (órgão da defesa do consumidor) realizou com pães integrais. Coloquei a nota na pagina do blog no facebook (aqui) e resolvi colocar no blog também.
 
A avaliação que fizeram averigou que mais da metade das marcas avaliadas tinham uma quantidade maior de farinha branca do que integral em seus pães (integrais).
 
Vejam a imagem:

 

 
Uma dica que eu dou para o consumidor escolher melhor o produto que vai levar é ver a ordem de aparecimento dos ingredientes na lista em que eles aparecem. Pela legislação brasileira de rotulagem dos alimentos, os ingredientes em maior quantidade no produto devem aparecer primeiro, ou seja, os ingredientes tem que estar em ordem descrescente na lista, do que tem mais para o que tem menos.
 
Ver também a quantidade de fibras que cada produto contem é um indicativo de qual pode ter uma maior quantidade de farinha integral. É só comparar a quantidade de fibras em cada embalagem.
 
Quem quiser ver a reportagem na integra e algumas outras dicas, é só clicar AQUI
Até a próxima.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A confusão entre light e diet



Hoje eu vim esclarecer para vocês o significado dos termos “diet” e “light” e também apontar algumas observações importantes na hora de comprar estes produtos.
Um alimento diet é aquele que possuí restrição total de um determinado ingrediente, mais comumente, o açúcar. O produto que não contem açúcar em sua composição normalmente é indicado aos diabéticos, porém, muitas vezes as pessoas que desejam perder peso acabam optando por este alimento. Vale a pena esclarecer que no caso de um chocolate diet, por exemplo, ele não contém o açúcar, mas em contrapartida, para balancear o sabor (por exemplo) a industria acaba adicionando uma quantidade grande de gorduras. Por isso esses alimentos são indicados apenas para aqueles indivíduos que possuem  Diabetes. Outro exemplo de um alimento diet é aquele que não contem sal, destinado para indivíduos hipertensos.

Os alimentos lights são aqueles que apresentam uma redução de, no mínimo, 25% em determinado nutriente, quando comparado ao produto convencional, o que proporciona uma redução de calorias. Temos como exemplos mais comuns o sorvete, os pães e os sucos.

Normalmente produtos diet e light são mais caros, por isso devemos sempre que possível nos atentar no rótulo deles e comparar com a versão original. No caso dos produtos lights, muitas vezes a redução desses 25% são tão insignificantes que optar pela versão original acaba sendo o melhor negocio. Ou pior, as empresas acabam utilizando alguns artefatos que induzem o consumidor a achar que o alimento é light, mas não é. Vou dar um exemplo de como as empresas tentam “driblar” isso: Na versão original do produto eles colocam a informação nutricional a cada 20g do produto e na versão light eles colocam a informação nutricional para cada 10g do produto. O consumidor que, na maioria das vezes, presta atenção apenas nas calorias e nas quantidades de gordura e açúcar acaba levando o produto achando que possui menos calorias, por exemplo, do que realmente tem.

Achei uma comparação em uma pagina do Facebook (AQUI) que vai mostrar melhor isso para vocês. Tirei o nome e a marca dos produtos uma vez que o intuito não é expor nenhuma delas e sim atentar o consumidor sobre a importância de prestar atenção nos rótulos.



Vamos interpretar o primeiro produto: A versão original contem 80 kcal a cada 20g do produto. 80kcal menos 25% é igual a 20 kcal, logo, na versão light deve constar 60 kcal a cada 20g do alimento. No segundo rótulo, que representa a versão light do mesmo produto, temos que ele fornece 37 kcal a cada 10g. Bom, se na versão original, em 20g nós tínhamos um valor calórico de 80 kcal em 10g do produto original deveríamos ter 40 kcal, certo? E na versão light? 40 kcal (10g) menos 25% = 10 kcal, logo, para ser light o produto deveria ter 30 calorias e não 37.
Falando mais simplesmente... 10g é metade de 20g certo? Logo, o valor calórico de 10g na versão original já é 40 kcal e a redução dessas três calorias não são representativas.

O mesmo raciocínio serve para os outros componentes da tabela nutricional, bem como para o segundo produto!

Gostaram da dica?

Até a próxima.

Pavê de chocolate branco

Olá!

Hoje vim colocar para vocês uma receitinha nada light.. Hahaha. Eu vi em um blog de moda (sim, de moda) e decidi teste-la. Ficou tão boa, foi tão elogiada que resolvi compartilhá-la com vocês. Não tenho fotos pois o intuito não era postá-la, mas acreditem, o pavê ficou bonito e delicioso!

Vou dar umas dicas perante umas "dificuldades" que encontrei para que vocês possam fazer mais fácil.

Vamos lá.

Para o recheio você vai precisar de: 

- 1 lata de Leite Condensado

- 2 da mesma medida da lata de Leite integral

- 1/2 xícara de chá de maizena

- 1 tablete de Galak (170 gramas)

- 1 caixinha de creme de leite (Prefiro utilizar a caixinha do que a lata pois já vem sem o soro).

- Biscoitos Maisena (aqui vai variar de acordo com as camadas que você quer fazer e do tamanho da vasilha. Eu usei um recipiente de cerca de 30cm de comprimento e uns 20 de largura e deu um pacote daqueles grandes)


Modo de Preparo:


Em uma panela coloque o leite condensado,o leite, e a maisena. Leve ao fogo (usei fogo médio) e não pare de mexer até engrossar. Demorou uns 7 minutos mais ou menos. 
Em seguida, retire do fogo, acrescente o tablete de chocolate e misture bem até o chocolate derreter e incorporar ao creme. Quando esfriar, misture o creme de leite e reserve. 
Forre o recipiente que você escolheu para montar o pavê com os biscoitos maisena.Despeje uma parte do creme que está reservado e vá fazendo as camadas até o creme acabar. No meu caso deram três camadas!

Agora os ingredientes do brigadeiro


Vamos preparar um brigadeiro branco para colocar em cima da ultima camada do pavê. 
Você vai precisar de: 

- 1 lata de Leite Condensado

- 1 colher de sopa de manteiga sem sal

- 1 tablete de Galak (de 170g)


Modo de Preparo:

Em uma panela coloque o leite moça e a manteiga. Misture bem e leve ao fogo , mexendo bem até desprender do fundo da panela. Eu coloquei fogo médio e fiquei mexendo por uns 8 minutos...

Para ficar fácil de espalhar, não deixe o brigadeiro esfriar muito, se nao ele fica meio durinho dificultando o processo. Quanto mais molinho ele estiver, mais fácil de cobrir o pavê inteiro.

Acredito que terão pessoas que vao achar pouco brigadeiro, porque fica bem certinho mesmo, pouca coisa. Ai basta fazer mais meia receita, acredito que ficaria no ponto.

Para finalizar, despeje o brigadeiro branco sobre o pavê e rale o tablet de chocolate em cima.
(Sei que parece muito chocolate para ralar, mas fica na medida exata!)
Leve à geladeira por cerca de 3 horas.

O Pavê não fica tão enjoativo como parece. Quem não gostar muito do sabor doce, pode adicionar morangos para dar uma balanceada. Mas acredito que ate quem ama "doces bem doces" ia adorar adicionar os morangos, né? Vou fazer isso na próxima vez. Só nao esqueça de higienizar bem os morangos e seca-los bem com um pano limpo, pois se o morango soltar muita água pode amolecer a bolacha maisena.

Quero saber depois quem aprovou hein!

Quem quiser, o site onde peguei a receita é ESTE . 

Até a próxima


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Página no Facebook

Olá!
 
Hoje vim contar para vocês sobre a página que o blog tem no Facebook. Lá compartilho alguns conteúdos exclusivos, além de ser um espaço propício para a troca de informações!
 
Para quem se interessar, é só clicar AQUI e curtir!
 
Espero vocês lá.
 
Até a próxima.
 

sábado, 27 de outubro de 2012

Pudim diferente!

Hoje eu vim compartilhar com vocês uma receitinha maravilhosa! É uma receita da avó do meu namorado (Matheus)... e só de ser uma receitinha de vó já dá pra imaginar o quão gostosa que é, né? Como vocês já viram no titulo do post, a receita da vez é de pudim. O mais bacana deste pudim é que não vai leite condensado. Além disso, quem quiser pode colocar açúcar light... Lápis e papel na mão!

Ingredientes do pudim:
  • 1 litro de leite
  • 4 ovos
  • 1 xícara de açúcar refinado (você pode usar a versão light, testamos e deu super certo)
  • 1 colher de sopa rasa de farinha de trigo
  • raspas de 1 limão ( Dá um toque super especial no sabor)

Modo de preparo do pudim:

Você deve ferver o leite até que ele reduza pela metade (1/2 litro) . Dica para esta etapa: Coloque meio litro do leite na panela e faça uma marquinha. Adicionar o restante do leite e então quando ferver você saberá identificar a hora de desligar o fogo.  Espere o leite esfriar e coloque-o no copo do liquidificador. Adicione todos os outros ingredientes até ficar uma mistura bem homogênea.

Coloque a calda no fundo de uma assadeira com furo no meio, e despeje a mistura do pudim logo em seguida. Leve ao forno em banho maria em torno de 200°C. Para saber se esta pronto, coloque uma faca na massa e quando ela  sair limpinha o pudim estará pronto. Tire do forno e deixar esfriar. Leve para geladeira por cerca de uma hora e quando for desenformar, retire o pudim da geladeira e espere 15 minutos.

Ingredientes da calda:
  • 1 xícara de chá de açúcar
  • 1 xícara de chá de água

Modo de preparo da calda:

Coloque o açúcar no fogo alto até caramelizar. Adicione a água (Quando você fizer isso, o caramelo vai cristalizar, então você deve ficar mexendo sem parar porque conforme a água for esquentando a calda começará a caramelizar novamente). Você só deve desligar o fogo quando a calda estiver em ponto de fio. Despeje sobre a assadeira a calda ainda quente.

Procurei fotos na internet para quem não sabe como é o ponto de fio conseguir ter uma ideia:





E aqui uma foto do pudim que o Matheus tirou:


Agradecimentos: Matheus!! Obrigada por compartilhar a receita.


E aí, gostaram da dica? Qualquer duvida sobre o preparo do pudim, deixem nos comentários.

Até a próxima!



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Dicas de lanches para as crianças

Hoje vim dar uma diquinha super bacana sobre lanches!

Muitas mamães  se deparam com dificuldades na hora de preparar o lanche de seus filhos, seja para levarem para a escola, seja para eles comerem em casa mesmo.

Então, nada melhor do que idéias legais com ingredientes saudáveis né? Além de saboroso,  o lanche fica saudável e muito mais apetitoso!

Vou colocar algumas fotos que encontrei na internet e outra que a minha tia (Juliana Pantaleão) preparou para a festinha do meu primo ( Fez o maior sucesso com a criançada e com os adultos também. A Ju é de uma criatividade ímpar).

Depois se vocês quiserem posso fazer um passo a passo de como prepará-los, o que vocês acham???








 E por final, o lanche de monstrinhos! Não ficaram uma gracinha? Vocês querem que eu faça o passo-a-passo deles? Eu ajudei a Ju a refazê-los para outra festinha do colégio ( Fez tanto sucesso no aniversário do meu primo que em outro evento que teve no colegio dele a minha tia refez). 

Muito legal né? Alguns dão mais trabalho, mas no geral são fáceis de fazer.. E ainda por cima os recheios podem ser variados!!

Depois quero saber quem se aventurou a fazê-los e qual o resultado!

Até a próxima!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sono e Nutrição

Olá!
 
Hoje eu vim falar com vocês de um tema que eu particularmente adoro! Tive a oportunidade de começar a trabalhar com sono e nutrição no penúltimo ano da faculdade e desde então tenho me aprofundado na área. Muitas pessoas não sabem, mas o sono e a nutrição tem uma relação muito próxima.
Nos dias de hoje a redução do tempo de dormir tornou-se algo muito comum na sociedade, uma vez que a cada dia que passa temos que nos especializar e nos aperfeiçoar para o mercado de trabalho. Além disso, ainda temos que fazer exercícios físicos para preservação do bem estar do corpo e da mente e realizar atividades que nos dão prazer, como ir ao teatro, ao cinema, à praia, para a balada, fazer exercícios (muito prazeroso para algumas pessoas) etc etc..
O sono não serve apenas para descansar, como é de senso comum. Isso foi descoberto pelo simples fato de que uma pessoa que fica deitada o dia inteiro, sem se mover, sem realizar nenhuma atividade, precisar dormir. Além disso, durante o sono temos alguns momentos de intensa atividade cerebral. Temos então a partir daqui, falando por cima, que o sono serve para promover uma homeostase corporal.
 
 Mas afinal e a questão da nutrição?
Estudos tem demonstrado que o sono está associado à alteração de ambos os lados da balança energética do organismo (consumo e gasto energético). Sabe-se que alterações no padrão do sono e a falta do sono influenciam diretamente na sensação de fome e apetite, bem como na preferencia por diferentes categorias de alimentos, predispondo então à obesidade. Além disso, muitos estudos correlacionam o curto tempo de sono (por si só) com o aumento do IMC.
            Um dos mecanismos pelo qual ocorre este aumento do ganho de peso é que na restrição de sono há uma redução do hormônio leptina, que proporciona uma sensação de saciedade, e um aumento do hormônio grelina, responsável pelo aumento do apetite. Além disso, quando o individuo fica muito tempo sem dormir, ele tem um maior acesso aos alimentos em um horário em que o organismo não está preparado para recebê-los.
Algumas evidências apontam que a restrição de sono parece aumentar não somente o apetite, como também a preferência por alimentos mais calóricos, como por exemplo, aqueles ricos em carboidratos e gorduras, tais como: doces, biscoitos salgados e tubérculos (batata por ex.). Como se não bastasse isso, o interesse (digamos assim) por frutas e vegetais reduz muito naqueles indivíduos restritos de sono. Essa preferência é muito preocupante, uma vez que além dos indivíduos com perda de sono apresentarem um padrão hormonal predisponente para uma ingestão calórica aumentada, o preenchimento dessas calorias tende a ser feito com alimentos de baixa qualidade nutricional.

 
Viram só como dormir bem é de extrema importância para o estado nutricional? Estar restrito de sono engloba muuuitos fatores e se vocês quiserem posso comentar mais afundo disso em outros posts.. Mas já adiantando, não adianta só dormir muitas horas, precisa dormir bem! Ou seja, é necessário ter um equilíbrio entre o tempo e a qualidade do sono.
 
E ai, gostaram?
 
Até a próxima.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Da cor do pecado!

Hoje vim falar para vocês sobre uma dica ótima para o verão! Quem que não quer ficar com aquele bronzeado perfeito agora nas férias de final de ano?
 
Então listei três substâncias  que vão te ajudar a conquistar aquele bronze invejável!
 
Vamos lá:
 
Betacaroteno:
O betacaroteno é um carotenoide (pigmento natural responsável pela cor amarelada e avermelhada dos alimentos) e uma provitamina, ou seja, substância que se tornará uma vitamina depois de passar por reações químicas no organismo. O betacaroteno é provitamina da vitamina A e isso quer dizer que ele será transformado em retinol (vitamina A) pelo nosso organismo. A conversão do betacaroteno em vitamina A é realizada na parede do intestino, sendo sua conversão influenciada pela ingestão de gorduras e proteínas.
 Os principais alimentos que contém betacaroteno são: Cenoura, damasco, pêssego, abóbora, beterraba, mamão, manga e a batata doce. Também podem ser encontrados, mas em menor quantidade, em vegetais verde-escuros (o tom alaranjado dessas folhas é camuflado pela clorofila), tais como couve, repolho, espinafre, agrião e chicória.
 Alguns alimentos de origem animal, como por exemplo, o fígado, o leite integral e alguns alimentos fortificados, já apresentam a vitamina A em sua forma ativa (retinol).
O betacaroteno atua como refletor parcial dos raios solares (UVA e UVB) e é um excelente antioxidante, atuando no combate aos radicais livres e também à radiação solar. A sua oxidação no organismo é o que promove um “bronzeado dourado”, mesmo sem a presença de luz solar. Além disso, ele é capaz de  contribuir para a duração do bronzeado adquirido pela exposição ao sol uma vez que a Vitamina A está ligada à produção de melanina, pigmento responsável pelo bronzeamento da pele quando exposta à luz solar.
Excesso de Betacaroteno: O consumo em excesso dessa substância pode provocar uma coloração amarelada na pele, principalmente na palma das mãos e na planta dos pés, que tende a desaparecer com a diminuição do consumo. Estudos mostram que cerca de três colheres de sopa dos alimentos fontes de betacaroteno sejam suficientes para suprir as necessidades diárias desta substância.
Excesso da Vitamina A: Ao consumir de maneira excessiva os alimentos de origem animal que contem a Vitamina A (hipervitaminose A) em sua forma ativa (retinol), pode-se apresentar alterações como: efeitos prejudiciais no desenvolvimento do feto, anormalidades no funcionamento do fígado, redução da densidade mineral óssea, podendo ocasionar na osteoporose e alterações no sistema nervoso central.
A biodisponibilidade (lembra que eu falei dela no post do ferro?) do betacaroteno é melhor quando os alimentos são cozidos.
Outras funções da vitamina A, ou dos carotenoides:
Eles têm papel na visão (muito importante), no crescimento ósseo, na regulação do sistema imunológico e na prevenção de infecções além de reforçarem as barreiras protetoras do corpo (pele, pulmões, intestinos e trato urinário) dificultando que bactérias e vírus penetrem por esses órgãos para invadir o nosso organismo.
 
Licopeno:
Possui atividade antioxidante e desenvolve um papel fundamental na defesa contra o estresse oxidativo no corpo humano. Por possuir essa característica, ele não só retarda o envelhecimento como age nas células, melhorando o aspecto da pele e contribuindo também com a proteção da pele.
Os alimentos que contem licopeno são: Tomate, melancia, mamão, morango, goiaba e pitanga.
Ômega 3:
O ômega 3 auxilia na absorção do betacaroteno (olha que legal!!!) e pode ser encontrado em sementes de linhaça, óleo de peixe, quinoa e azeite de oliva.


   
Receita:  Coloquei uma receita aqui de um suco ótimo que o Matheus Costa disse que tomou muito e é super saboroso.Lápis e papel na mão: Para cada 400 ml de suco de laranja, coloque meia cenoura e ¼ de beterraba. E que tal adicionar um colher de sopa de linhaça triturada na hora? Assim adicionamos ômega 3!
Gostaram? Alguém já fez essa dica e gostou do resultado? Aproveitem para compartilhar tambem receitas!
Até a próxima.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ferro!


O ferro é um nutriente muito importante para o organismo e pode ser encontrado de duas formas: o ferro heme e o ferro não heme. O ferro heme apresenta uma alta biodisponibilidade e está presente nas carnes. Abre parênteses: A biodisponibilidade é a capacidade do organismo de absorver e utilizar o nutriente, no caso, o ferro.
 O ferro heme possui, digamos que uma “proteção”, fazendo com que ele não receba influências externas de fatores que facilitem ou dificultem a sua absorção (do intestino para o sangue). Como exemplo de alimentos fonte de ferro heme temos o fígado, os peixes, as carnes no geral e as vísceras.
Em relação ao ferro não heme, temos que ele é menos absorvido pelo organismo, menos biodisponível.  Ao contrário do ferro heme, ele é “desprotegido” sofrendo diversas influências de fatores que facilitam ou dificultam a sua absorção. Ele está presente nos vegetais (principalmente os verde escuros), cereais, leguminosas e raízes.
Então para que serve este tal de ferro?  O ferro possui diversas funções no nosso organismo, dentre elas podemos citar: Faz parte das hemácias (as células vermelhas do nosso corpo – sangue – que transportam o oxigênio), e isso quer dizer que o transporte do oxigênio pode ficar comprometido na deficiência de ferro, pois a quantidade de células vermelhas presentes no sangue fica diminuída e o indivíduo pode chegar a ficar “pálido”.  
Além disso, com a deficiência do ferro podemos ficar cansados e sem energia, uma vez que muitas enzimas (compostos que aceleram as reações químicas no organismo) que “retiram a energia dos alimentos” dependem deste nutriente.
O ferro faz parte do funcionamento de diversas células, inclusive do cérebro. Na sua deficiência a pessoa pode apresentar redução de atenção, desânimo, tristeza etc. Além disso, queda de cabelo, unhas frágeis, alterações na pele também podem ser consequências da falta deste nutriente no organismo.
O sistema imunológico também pode ficar deprimido e, mamães, fiquem atentas, pois o déficit de ferro na gestação pode acarretar em  parto prematuro e anormalidade no desenvolvimento cerebral do feto.
Fatores que prejudicam a absorção do ferro pelo nosso organismo:
Cálcio
A presença de cálcio reduz a absorção do ferro. Digamos que eles competem pela mesma portinha de entrada na célula e as moléculas de cálcio acabam correndo mais rápido, deixando parte do ferro para fora. Alimentos com cálcio são leites, derivados e algumas verduras, porém no caso das verduras, o cálcio é pouco biodisponível.
A inibição é dependente da quantidade de cálcio ingerida. Doses com menos de 40 mg de cálcio não apresentam inibição na absorção de ferro, que acontece com cerca de 300mg de cálcio (6 folhas de couve ou um pedaço pequeno (+- 50g) de queijo.
Ácido fítico
Rapidamente falando, o ácido fítico é um fator anti nutricional, uma vez que ele forma complexos com nutrientes como cálcio, ferro, zinco, cobre e magnésio dos alimentos diminuindo a biodisponibilidade destes minerais. Ele está presente em grãos e sementes, como por exemplo, no feijão. Deixar estes alimentos de molho, entre 8 a 12 horas já é o suficiente para reduzir os teores de ácido fítico. Além disso, a vitamina C e a vitamina A podem se contrapor ao efeito do ácido.
Polifenóis
São substancias que podem se ligar ao ferro e dificultar a sua absorção. Alimentos como chá preto, cacau, café e chás de ervas próximos às refeições que contém ferro (almoço e jantar), pois a absorção do mineral pode ser comprometida. O chá preto é o que causa a maior redução.
Fatores que auxiliam na absorção do cálcio:
Vou começar falando sobre uma diquinha que sempre dou aos meus pacientes e adoro! A Vitamina C!!!
A Vitamina C aumenta o aproveitamento do ferro não heme (aquele que é fornecido pelos vegetais) porque o mantém em sua melhor forma de absorção. Por essa razão, é tido como um estimulante da absorção do mineral. E os alimentos fontes de vitamina C são as frutas cítricas, dentre elas a laranja e o abacaxi.
Ácidos
O meio ácido no estômago e no intestino favorece a absorção do ferro. Quem utiliza anti-ácidos por problemas como gastrite e úlcera pode apresentar uma redução da quantidade de ferro absorvida. Além disso, algumas pessoas podem ter uma redução deste ácido estomacal ao envelhecer. A vitamina C (Olha ela ai de novo) é um ácido e é o mais potente promotor de absorção de ferro. Alguns estudos tem mostrado que 20mg de vitamina C para cada 3mg de ferro tem efeito bastante potencializador.
Carne 

O ferro não heme apresenta absorção de 2 a 3 vezes maiores na presença de carne na refeição. Parece que isso ocorre devido ao perfil de aminoácidos da carne, que seriam capazes de deixar o intestino mais ácido, facilitando então a deste ferro de origem vegetal.  

E ai, gostaram? Ficou um pouco grande este post mas acredito que consegui abranger diversas faces do mundo do ferro!!

Até a próxima.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Compulsão Alimentar


A compulsão alimentar é um distúrbio químico nos mecanismos da saciedade caracterizado pela ingestão de grande quantidade de alimentos em um curto período de tempo (cerca de até duas horas), acompanhado da perda do controle sobre o que e/ou o quanto se come. Alguns estudos apontam que para que o diagnóstico seja realizado, esses episódios devem ocorrer pelo menos dois dias por semana nos últimos seis meses, associados a algumas características de perda de controle.

Os indivíduos “compulsivos” apresentaram baixos relatos de dietas restritivas quando comparados, por exemplo, a pacientes com Bulimia Nervosa, que alternam entre compulsões e restrições alimentares. Em média, estes pacientes possuem uma maior prevalência de obesidade e de “efeito sanfona” quando comparado a indivíduos que não sofrem desta patologia. Grande parte das pessoas que sofrem de compulsão alimentar apresentam um histórico de repetidas tentativas de fazer dietas e sentem-se desesperados pela dificuldade de controlar a ingestão de alimentos. A maioria acaba desistindo de fazer dieta, em razão de repetidos fracassos. Isso não significa que pessoas com compulsão alimentar tenham que estar acima do peso, existem aquelas que possuem um peso considerado “normal”.

O compulsivo não tem hora para comer, come qualquer coisa e é considerado um "saco sem fundo”, podendo chegar a consumir 15 mil calorias num período de duas horas. Estes indivíduos, dependendo do grau de descontrole, podem comer alimentos crus e fazer combinações alimentares estranhas (como creme de leite fresco com pão). Assaltar a geladeira durante a noite também é uma característica da compulsão alimentar, e este problema atinge cerca de 4% da população geral e 6% dos obesos.

Estudos demonstraram que há variabilidades consideráveis no comportamento alimentar de pacientes compulsivos, tanto durante os episódios, como nos intervalos.

A compulsão alimentar pode estar associada à ansiedade, à depressão, a um transtorno bipolar e a uma personalidade de excessos, como acontece, por exemplo, com compras. Os episódios de ataque aos alimentos são mais frequentes no fim da tarde e à noite, quando a pessoa chega a consumir até 50% das calorias totais daquele dia. Indivíduos que sofrem desta patologia tendem a apresentar um prejuízo nas relações sociais e ocupacionais.

Tratamento: No caso da Compulsão Alimentar, raramente se fala em cura, mas sim em tratamento. Os tratamentos propostos atualmente são: Comportamental, Farmacológico e Psicoterápico.

O Tratamento comportamental abrange uma mudança de estilo de vida, reeducação alimentar e a prática de exercícios. Os exercícios servem para desviar a atenção da comida e melhorar o humor. O exercício físico libera substancias que promovem a sensação de prazer e de bem estar, fazendo com que a pessoa não precise do alimento para compensar algum problema, por exemplo. Além disso, quem pratica exercícios também queima mais calorias e tende a comer menos gordura, o que facilita o controle de peso e melhora o funcionamento intestinal, contribuindo de forma ampla para o tratamento do problema.

O tratamento farmacológico  deve ser receitado pelo médico e é importante para regular a função hormonal e diminuir a fome física e emocional, gerada por ansiedade, estresse e depressão. A administração de medicamentos antidepressivos, que modificam os caminhos da serotonina –que proporciona a sensação de bem estar, de calma e de prazer- no corpo e indutores de saciedade tem se mostrado muito eficaz.

O tratamento Psicoterápico éfundamental para tratar a parte emocional do indivíduo.

Papel do nutricionista:

O nutricionista é um profissional muito importante para orientar o indivíduo no que ele deve comer e quando comer. Há algumas estratégias nutricionais a serem adotadas, como por exemplo, oferecer ao paciente alimentos que contem triptofano, que é uma substância precursora da serotonina, causando bem-estar e calma. Temos como exemplo de alimentos o leite, a banana e o ovo.

Segundo alguns profissionais nutricionistas, também é possível suplementar triptofano e serotonina, além de evitar a cafeína, uma vez que ela aumenta os níveis de adrenalina, agitando o individuo (e não é isso que queremos para o paciente que sofre de compulsão alimentar).

Achei também um texto de uma psicóloga (Andréia Calçada) que diz o seguinte: “O paciente com compulsão alimentar deve anotar seus ímpetos compulsivos em relação à comida para que possa identificar em que situações eles surgem, e assim gerenciá-los. Com as anotações em mãos, é possível evitar as situações que disparam os ataques. A compulsiva precisa se sentir no controle da situação.”

 Bom, pelo que pudemos perceber, o transtorno da compulsão alimentar é uma síndrome do comportamento alimentar com características incertas e conflitantes e devemos tratar o paciente de forma multidisciplinar, dando sustentação a todas as pontas da pirâmide da doença.
Até a Próxima!